Primeiras Impressões

Hola...

Bem... hola e gracias são as únicas palavras que eu compreendo e entendo nessa terra!

Esse é o ítem número 1 das primeiras impressões da Venezuela!

Se engana quem pensa que o espanhol é 80% igual ao português! Pode parecer igual, mas definitivamente, não é! Ao ler um artigo pode ser mais fácil, assim como outras línguas latinas como o francês, por exemplo, mas... ouvir e falar é outra coisa bem diferente!

Os dialetos são diferentes em cada parte do mundo e adicionado a rapidez da fala dos nativos me sinto uma ET quando entro no supermercado e tento me comunicar com alguém, pois absolutamente ninguém me entende e vice versa! 

Aqui pouquíssimas pessoas falam inglês e quando falam é muuuuuuuuuito pior do que o meu modesto inglêzinho! Domingo pegamos um taxi e o motorista era italiano, falava inglês pq viveu 25 anos nos EUA! Meu cérebro agradeceu de imediato! É horrível a sensação de não entender ninguém e ficar com cara de ué pra tudo! Enfim... sabemos que isso só o tempo vai melhorar, o tempo e um pouco de esforço, é claro!

A 2a impressão superficial que tive da cidade é que... realmente a cidade é bem aconchegante, muuuuuuuito verde, ruas planas, muita variedade de compras, enfim... me sinto em uma cidadezinha do interior de São Paulo, como Jundiaí, Indaiatuba, por exemplo, só que... aqui a cidade precisa de um pouquinho mais de cuidados! Vejo que a grama das áreas públicas não são aparadas, ou então, talvez estejam para ser aparadas agora e isso deixa a cidade toda com cara de abandono! Mas, essa (até o momento) foi a única observação mais concreta que fiz!

Uma outra impressão é com relação ao convívio social! Tenho uma suuuuuuuuper querida aqui chamada Paula, que hoje me socorreu de um tremendo aperto! Eis que... aqui não se encontra papinhas salgadas para bebê, somente as doces, e mesmo estas a variação não é como no Brasil, aqui só tem papinhas de maçã, pera, goiaba e melão (japonês, uô!)! Ai... a pequenininha teve que comer uma papinha que a gente pediu no restaurante no domingo pois meu estoque que trouxe do Brasil só dava para um dia e hoje pedi para ela para usar a cozinha dela para cozinhar um bom volume e congelar aqui no Hotel mesmo, pois graças a Deus temos uma pequena cozinha aqui, com um frigobar com congelador! O máximo!

Quanto ao convívio social, vejo que... aqui os estrangeiros se relacionam bem, eu... porém talvez tenha a oportunidade de me relacionar somente com a Paula, pois não vou poder participar de todos os eventos do clube das mulheres gringas de Valência, pois a pequenininha requer minha atenção 100% do tempo e para os encontros noturnos... ficarei de fora! Porém, fico confortada em saber que existem pessoas nas mesmas condições que as nossas que tentam driblar o imenso vazio e a grande saudade que a gente já começa a sentir... esse é um sentimento que realmente.... de fato... acho que nunca senti com tanta intensidade na minha vida! A sensação é a de que... sem exageros... ficou um pedaço meu pra trás! Uma parte muito feliz da minha vida! Mas, agora é focar no que temos, somos uma família morando distante e bola pra frente! A saudade a gente aprende a conviver e com o tempo as lembranças boas e a viagem de volta vai ser um momento de alegria de pleno aproveitamento!

Talvez essa angústia toda seja resultado dessa sensação de estranha no ninho! Vai passar... espero!

Bjs pra vcs,

Aninha